Brebot's

"Cabrocha prá sê bunita,Bunita como os amô,Basta um vestido de Chita,Si chamá Maria Bonita E na cabeça uma frô"







terça-feira, 30 de março de 2010

Será o ARTESANATO um entretenimento????

Já passado alguns longos anos nessa "profissão" de artesã (mesmo ainda não regulamentada ), faço-me muitas vezes essa pergunta, pois também sou levada a respondê-la: Será o ARTESANATO um entretenimento?
Li um desabafo de um artesão português que teve esse mesmo dilema posto em sua vida.
Antônio Adauta, fazedor de Arraiolos, e que descreve o seu sentimento quando chamam a sua arte de entretenimento.
As vezes passamos um longo tempo para explicar, e acho que não cabe nem se quer cogitar essa questão.
Fazer artesanato, é tal qual fazer qualquer outro tipo de trabalho, passamos horas para criar, horas para produzir, e horas,dias para comercializar nossas peças.
No Artesanato existe a grande diferença de que cada peça é produzida a mão, cada peça agrega valores, cada peça tem história para contar, essa é a grande diferença.
Na verdade quem faz Cultura é visto como um cidadão que veio ao mundo para se divertir, isso tem até um fundo de verdade, mais isso não quer dizer que passamos a nossa vida inteira se divertindo; trabalhamos, e muito! Nossas mentes sempre estão abertas para novas informações, temos por obrigação de ver um mundo diferente, isso nos custa tempo, e tempo é $$$, somos colocados a prova todas as vezes que as "coisas"da Cultura são deixadas por último, sabendo-se a sociadade que sem Cultura não somos povos, nem polvos.
Bem, a discurssão a nivel ARTESANATO x CULTURA, ainda vai dar outro texto.
Voltando ao ARTESANATO,
Cita Sandra Ramalho e Oliveira, em seu livro Imagem Também Se Lê - "...,é personalizado e agrega o valor da ação da mão e da mente do homem."
Alguém precisa dizer mais alguma coisa??
Queremos respeito ao nosso ofício, precisamos da nossa independencia, nossa liberdade já foi colocada a prova várias vezes, temos nossos direitos, queremos ser regulamentados, como a profissão mais antiga do mundo ainda está com uma lei de regulamentação da profissão arquivada???
Participando da VII edição da Feira Itinerante Potiguar, podemos ver que ainda estamos no início do início de uma grande estrada, estrada essa que se não formos juntos, iremos sofrer bastante e estando de mãos dadas iremos cruzar uma linda estrada de pedras amarelas.
Nesta como em todas as outras edições, fomos "humilhados" pelos ditos coordenadores do eventos, as Meninas que fazem parte do Programa do Artesanato Potiguar - PROART, sempre estão muito dispostas a nos ajudar, sempre muito atenciosas, muito cuidadosas, enfim...sem elas o negócio seria muito grave, caso de UTI, ex. coisas do  tipo: "...agradeçam por isto está acontecendo e não reclamem de nada!...
Como assim??? Agradecer??? Esse evento só existe por existir artesãos, por estarmos aqui, por fazermos diferença e fazermos parte sagrada desta história.  Parem de gritar, de rosnar! Somos Artesãos, somos gente. Precisamos se integrar, pois estando juntos, gestores e Artesãos, o trabalho saí limpo, tranquilo, dinâmico e humano. Quando vai acabar essa brincadeira de que existe alguém acima de nós??? Acima de nós só DEUS, somos deuses, somos iguais,cada um no seu quadrado, mais todos fazendo parte de uma mesma esfera. A união será para o bem, para pensarmos juntos, para fazermos juntos: "Uma andorinha só não faz verão."
Na responsabilidade de passar uma lista para juntar assinaturas dos artesãos presentes, para solicitarmos do Governo do Estado, da SETHAS, do Proat, apoio para realizarmos a nossa Conferência Estadual do Setor Artesanal, escutei muitos desabafos,artesãos não querendo assinar com medo de retalhação,artesãos insatisfeitos, enfim uma série de desconfortos; na ocasião entregamos a carta proposta ao secretário José Gercino Saraiva Maia,  o qual não falou sobre o assunto, não respondeu nossas perguntas e se fez de "doido" para passar por despercebido mediante tamanho descaso.
Mas, a carta seria e foi derecionada a Deputadá Estadual Márcia Maia, que não pode estar presente na solenidade de abertura, mais que com certeza estará nas mãos dela muito em breve ou nas mãos de quem estiver a nosso favor daqui a alguns dias por motivos de campanhas políticas.
O projeto da Feira Itinerante é muito bom, maravilhoso, é um momento único em que todos os Artesãos Potiguares tem a oportunidade de estar juntos, mais tem também suas ENORMES falhas, como sempre é um evento para o ARTESANATO, mais que este é o último a ser pensado, som muito alto dificultando a conversa com o cliente,escadaria para uma outra parte que fica desmerecida por falta de acessibilidade, infrainstrutura sempre com defeito, falta água, falta banheiro, falta dignidade.
Escutei uma voz na feira repetindo palavras do Secretário: "...quando as coisas são feitas com amor tudo dá certo..."Onde ele estava todo esse tempo que não viu nem, vê nada do que é preciso para fazer uma Feira incrível?????
Gasta-se muito $$$ com shows nacionais, para que??? Para atrair o público?? Que público??? O público da cantora é lógico, os Artesãos e o Artesanato vira enfeite; não divulga, acha que a sociedade tem bola de cristal, não acerta nas datas, não oferece aos arteãos que vem de tão longe, hospedagem, faz o evento dedicado a políticagem e não ao Artesão,ao Artesanato e a Sociedade. Vamos acabar com essa bricadeira, ARTESANATO não é entretenimento, ARTESANATO é coisa séria. Várias famílias vivem desse ofício, nós não temos tempo para estampar campanhas de ninguém.
Precisamos urgente de Políticas Públicas para o nosso setor.
Estamos sem coordenação, precisamos de respeito, os Gestores precisam de nós.
URGENTE, dignidade!!!!!
Enfim, está aqui um desabafo pessoal, que pode também ser universal,basta todos quererem.
Digo a todos que sou DIANA, que sou trabalhadora, que sou mãe, que sou família, que sou amiga e que devo tudo ao ARTESANATO.

terça-feira, 23 de março de 2010

Dia 19 de Março - Dia de São José - Dia do Artesão - Dia de D. Militana


 a oração a São José:
Ó glorioso São José,
A quem foi dado o poder de tornar possíveis as coisas
Humanamente impossíveis,
Vinde em nosso auxílio nas dificuldades em que nos achamos.

Tomai sob vossa proteção a causa importante que vos confiamos, para que tenha uma solução favorável.

Ó pai muito amado, em vós depositamos toda a confiança.
Que ninguém possa jamais dizer que vos invocamos em vão.

Já que tudo podeis junto a Jesus e Maria,
Mostrai-nos que vossa bondade é igual ao vosso poder.

São José, a quem deus confiou o cuidado da mais
Santa família que jamais houve sede - nós vos pedimos - o pai e protetor da nossa.
E impetrai-nos a graça de vivermos e morrermos no amor de Jesus e Maria.

São José, rogai por nós .
Que recorremos a vós. 

Pré-Conferências Setoriais de Cultura - Artesanato e Cultura Popular

A ida para Brasilia foi pura magia.
Desde a saída a chegada e até a hora de voltar teve mágica.
Saí delegada da Setorial de Artesanato, e de Cultura Popular, estava dividida mais consciente
de que um faz parte do outro e assim comecei a pensar e estudar os dois setores, separados e juntos.
O Artesanato pela primeira vez colocado como um Setor  no Ministério da Cultura,
 isso foi o máximo da Pré Conferência, como também, a Moda, a Arquitetura entre outros que não estavam sendo notados (até então) como cultura.
Logo de cara, os artesãos estando muito bem representados por
regiões e estados foram escutados deixados falar.
O Setor do Artesanato elaborou cinco propostas com bases nos eixos da
 II Conferência Nacional de Cultura.
Sendo uma das cinco proposta um tanto que muito importante que é uma luta milenar,
que é a regulamentação da profissão do trabalhador artesão.
As outras quatro também tem um tamanho de importância semelhante.
Agora a nossa caminhada começa a entrar noutro caminho, um caminho com mais luzes,
mais cores e mais respeito.
O Artesanato sempre foi e sempre será parte da cultura de um povo.
O Artesão é tido como o primeiro profissional do mundo.
No Site do Ministério da Cultura tem todas as propostas de todos os eixos e todos os segmentos,
 da Setorial e da Conferência Nacional.
www.cultura.gov.br
Logo voltarei a falar  da Setorial de Culturas Populares e da II Conferência Nacional de Cultura.